Forever Young

Viver para sempre ? Impossível. Viver bem ? Depende só de nós...

Fase "adulta" 2007: Ano da Angela

Bom, entrei de férias e fui ao encontro dela, no local onde ela passou a trabalhar. Era loja tb, no centro do RJ. A loja era enorme, de materiais de costura. Preferi procurá-la a pedir informação. A encontrei pela voz e parei na frente dela: " Te achei ! "  Ela ficou meio sem fôlego, não sabia como eu soube do paradeiro dela. Conversamos rapidamente, mas marcamos um encontro à noite, numa pracinha.

Ela disse que realmente foi casada, mas que se separou. Já havia anoitecido na pracinha qdo cheguei mais perto dela e perguntei porque ela havia sumido. Ela pediu que eu não a enchesse de perguntas. Pedi então só uma resposta: Se aquele beijo significou algo pra ela...

Ela disse que sim. E nos beijamos. Ela prometeu nunca mais sumir e a partir dali passamos a ser namorados, mesmo sem um pedido oficial. Foi um dos dias mais felizes da minha vida até ali. Coincidentemente foi no mesmo local onde pequei por omissão com a Carol na minha adolescência.
Passamos a namorar na minha casa. Ela passou a me buscar na loja. Muitos não acreditavam que eu havia conseguido. Primeiro porque ela era esquisita, não se apegava a ninguém. Segundo porque a achavam mta areia pro meu caminhão. Realmente, era ela linda; de parar o trânsito!

Minha primeira vez foi com ela. E mesmo aos 21 anos, vi que valeu a pena esperar. Aconteceu tudo perfeitamente e foi com quem eu amava de verdade. Ali desencanei um pouco: vi que a atração que sentia por homens não impedia que eu transasse com uma garota. Na verdade, eu me tornei mto seletivo. O fato de ela ser linda demais me ajudou...
Sobre a primeira vez, foi no meu quarto, num sábado de carnaval. Eu trabalhei, ela tb. Ela foi na loja, mas eu ia demorar a sair. Meus pais haviam viajado. Ela preferiu me esperar aqui em casa. Dei a chave a ela, mas ela recusou. Ficou numa lanchonete, fazendo hora e me ligando. Quando cheguei, ela tava quase sentada no meio fio, me esperando. Me senti "O cara"... po, uma mulher daquelas me esperando!! rs
O ato em si foi impecável. Ela me fez me sentir à vontade, como se eu fosse já experiente. Sinceramente, me saí tão bem que até hoje ela não acredita que eu era virgem ali. Acha que eu falo isso pra agradá-la.
Íamos sempre à praia, namorar à noite, era mto legal e romântico. Eu fazia várias declarações de amor, estava totalmente apaixonado, rindo até de desastre de trem.
Costumava chamar a Angela de Lady, em alusão à Princesa Diana.

Quando chegou meu aniversário, chamei meus amigos aqui em casa e ela chegaria depois. Liguei pra ela e dava fora de área. Fiquei desesperado. Aí resolvi ligar pra irmã dela e soube o que aconteceu: ela voltou pro ex-marido e nem me contou.
Putz... uma notícia dessa bem no meu aniversário foi uma ducha de água fria. Mas queria ouvir isso dela.

Ela conversou comigo, deu umas desculpas idiotas e disse que queria continuar me vendo. Muito doida!
Pior fui eu, que com o tempo aceitei sair com ela, como amante. Com o tempo senti como é humilhante isso.
Pra piorar ainda mais, o cara maltratava ela, ameaçava... fazia da vida dela um inferno e mesmo assim ela preferiu ele. Com o tempo fui perdendo o interesse. Ela tb tinha medo de que ele descobrisse e quisesse me matar. Eu tinha medo de que ele a machucasse.
Passei a ser um cara extremamente depressivo, só vivia chorando pelos cantos.

Meus amigos tentavam me reerguer... um deles, o Loco, recém chegado na loja, passou a andar sempre comigo, me divertia. Íamos sempre ao teatro,cinema, praia...
Corria um boato que ele namorava o Juan, aquele amigo da loirinha Amanda. Comecei a reparar mais no comportamento deles. Eles andavam sempre juntos. Nessa época, o Juan foi promovido e passou a ser meu superior imediato. Passei a conhecê-lo melhor, até pq o Loco gostava dele, então achava que ele não poderia ser tão ruim assim.
Mas sei lá, achava forçar a barra andar com ele. Uma vez chamei o Loco pra ir numa peça e ele disse que não poderia ir. Perguntou porque eu não chamava o Juan. E eu: Eh, nem tinha pensado nisso!
Saímos a sós pela primeira vez. Quando entramos no teatro, a Angela me liga ( ainda era minha namorada) e pergunta se tinha ingresso pra ela. Eu disse que não. Ele sabia da minha paixão por ela e se ofereceu pra ir embora e dar o ingresso dele pra ela. Eu disse que não precisava.

No aniversário dela, fui levar uma lembrancinha pra ela e o Juan foi comigo. Íamos a outra peça ali perto. Ela me disse de ante-mão que não ia querer fazer nada. Então me programei e marquei com ele de irmos à peça.
Ele quis nos deixar a sós e foi na frente comprar os ingressos. Ela gostou do presente, disse que queria me compensar e sair comigo. Eu disse que não poderia, até porque ele já estava no teatro me esperando. 
Parei pra pensar: realmente eu não gosto de furar com ninguém, mas eu não diria não a ela em situações normais. O que estava acontecendo?
 
Sim, realmente eu sentia uma atração por ele há tempos, mas achava que era só física. E não achava que ele pudesse ser gay. Achava que todo gay era afeminado e ele não era assim. Meus preconceitos foram sumindo quanto mais eu me aproximava dele. Meu amigo Loco realmente namorava com ele, todos suspeitavam, mas eles mantinham o sigilo mesmo comigo. Achavam que eu não aprovaria.
Foi uma fase extremamente confusa: eu achava que amava a Angela e sentia algo por ele que nem eu sabia o que era. Mas não me permitia sentir por preconceito e tb porque ele namorava meu melhor amigo. Preferi ficar na minha.
Com o tempo, os dois davam a entender que não estavam bem. E disfarçavam muito mal!!

Eu havia parado de ver a Angela e queria esquecê-la. O Juan tinha ciúme de um amigo do Loco, que tb era gay. Achava que os 2 tinham um caso! Passamos a andar juntos mais ainda.
Em novembro, passou uma barca na loja. Todos estavam insatisfeitos com a nova gerente. Eu saí no início de novembro, demitido e o Juan saiu 10 dias depois. O Loco havia saído da loja, promovido pra outro setor.

Em dezembro, o Juan ficou o mês todo tomando conta da irmã dele, pois a mãe arrumou emprego temporário de final de ano. Fiquei o mês todo sem vê-lo e senti muita, muita falta dele!
Ele dizia no msn que não queria mais namorar ninguém, mas não mencionava nunca o Loco. Deixou escapar tb que " quem ele queria não ia querê-lo... ". Com o tempo vi que ele jogou verde pra mim.
Ele tb estranhava que eu fazia certas coisas por ele que não fazia por ninguém. Eu mesmo sempre dizia que não existiam boas ações altruístas e que quando fazemos uma boa ação é esperando algo em troca. Ele me perguntou o porque de eu agradá-lo tanto: fiquei sem resposta. 
 
Comprei um filme que queria muito ver e fiz questão de ver com ele: Doce Novembro. Vimos aqui no meu quarto. Me senti tão a vontade com ele ao meu lado que até chorei no final do filme ( geralmente me contenho!! ). Depois ele me perguntou porque eu queria ver exatamente esse filme com ele... me enrolei todo pra responder na época. Senti que tava rolando algum clima, mas poderia ser só impressão.



Na mesma época, a Ana reapareceu, se separou do namorado, tava morando sozinha em Niterói. Queria me ver. Não sabia o porquê!
A Angela separou do marido. Ele bateu nela, e foi denunciado à polícia. Mas logo em seguida ela passou a namorar um primo. Muito doida!! Ainda assim queria me ver no reveillon. 

Meus pais viajaram. Marquei de almoçar com a Angela e de passar a virada na casa da mãe da Ana.
A doida da Angela ligou a cobrar dizendo que não poderia vir porque tava com problemas: não conseguiu se livrar do namorado!!
Fui pra casa da Ana. Estava com saudades dela. Levei uns dvds, até um show da Marisa Monte pra criar um clima. Ela tava deitada no meu colo e eu fazendo cafuné nela. Ainda disse pra mim que essa música do Cazuza fazia ela lembrar de mim...

Aí chega um ser estranho. Perguntei quem era. Ele respondeu, cruzando as pernas: Amigo e ex-namorado.
Chamei ela na cozinha e perguntei o que tava acontecendo.
A mãe dela chamou o garoto lá por pena, porque os pais dele faleceram, sei lá.
Chamei logo a Ana pra ir pra praia, com a esperança de que rolasse algo e que ele se mancasse e não fosse.
Ele disse que ia querer ir. Desisti. Peguei minhas coisas e fui embora pra casa da minha avó, passar o reveillon. Não aguentava mais as duas novelinhas, da Ana e da Angela. Tava de saco cheio das duas, em relação à possibilidade de namoro. Não aguentava mais fazer parte de triângulos amorosos!!

2 pitacos nesse post.:

Caraca, qtas histórias....rs
A sua concepção do gay foi mto bizarro, ainda bem que aos poucos, pela convivencia, tu viu q estava enganado...
Orra, que garanhão com as mulheres, chovia na sua horta hein...rs
Forte abraço

 

Chovia era problema pra mim!! Abração!!

 

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