Forever Young

Viver para sempre ? Impossível. Viver bem ? Depende só de nós...

Abril 2008: O mês seguinte ao abalo sísmico psicológico.

Consegui motivação pra voltar a escrever sobre a história... pois bem...
Minha vida tava um inferno mesmo passadas algumas semanas da notícia bombástica.
Não encontrava uma brecha pra ficar com o Juan.
Nessa época ele tinha trauma de motel, pois disse que foi discriminado uma vez em um...
Por mais que eu estivesse com medo de mexer na "ferida" dos meus pais, a vontade de ficar com ele era infinitamente maior. Sendo assim, resolvi arriscar. O único lugar seria novamente o apê. Tive que insistir com a Ana, pois ela achou que tava recente ainda todo o ocorrido.

Falei aqui que ia procurar emprego. Encontrei com o Juan e fomos pro apê... o nervosismo foi tanto que ele esqueceu a chave do apê em casa. Fiquei mais de uma hora esperando ele voltar em casa e buscar a chave!


Chegando no apê, a saudade falou mais alto. Foi muito bom. Intimidade é tudo! Transar com amor é para poucos... é necessário uma ligação a mais...

Meu celular tava desligado. Assim que liguei, meu pai tava me ligando desesperado, como se eu fosse casado com ele e não minha mãe. Queria saber onde eu tava. Dei a desculpa do trânsito, que não colou...

Mas não tava nem aí, afinal demos um jeito de ficar juntos de novo. 
Pra não correr o risco de ele esquecer a chave de novo, resolvi guardá-la comigo. Maldita hora.
Minha mãe achou a chave.

Ligou pra Ana, acusando-a de estar nos acobertando... dando força pra algo que era errado. Inclusive ameaçou-a até de morte. Disse que meu pai tava tão desesperado que tava andando armado.

Quando a Ana me ligou chorando e contando isso não acreditei. Pela primeira vez tive vergonha de ser filho da minha mãe. Como alguém poderia ser tão baixa? Liguei pro meu pai e ele não se pronunciou. Ainda disse que se ela fez isso é porque dei motivo. 

Não sabia onde enfiar a cara em relação à Ana. O Juan achou que estávamos indo longe demais nisso: ficou se culpando pelo sofrimento da Ana. Até hoje não entendi uma parte: meus pais nunca culparam ele pela minha mudança, preferiram culpar até a minha amiga, mas em nenhum momento o nome dele era citado.

Pedi desculpas à Ana, entreguei as chaves do apê a ela e prometi não ir mais lá.
O Juan, assustado demais, preferiu que déssemos um tempo sem nos ver. Ficamos um tempo só se falando por telefone.

Senti ódio dos meus pais. Tava preparado pra qualquer coisa. Aguentaria até o fim se a punição se limitasse a mim. Mas envolveram a Ana, a quem eu amava muito e tinha uma eterna gratidão. Fiquei apreensivo quanto à uma possível emboscada com o Juan. Foi nessa hora que comecei a enxergar quem eu era. Estava disposto a qualquer coisa pra protegê-lo. Se algo acontecesse a ele, qualquer arranhão que seja, eu faria uma besteira sem precedentes aqui. A raiva me dominou naquele mês de abril.

Não via a hora de voltar a trabalhar e reconstruir minha vida. Estava disposto a passar fome, mas não queria que nada faltasse a ele. Passei a juntar todo o dinheiro possível, pensando em um futuro vivendo com ele.
Era minha razão de viver, nada mais importava.


"Everybody searching for intimacy... "

5 pitacos nesse post.:

Nossa... que história, cara... Seus pais realmente são muito extremos nesse sentido... É muito bonito ver como o amor esbarra todas as barreiras em horas como essa. Muito bonito o amor de vocês... :D

Um abraço, rapaz... até o próximo

 

Passei por todo tipo de provação nessa época, cara... e sobrevivi! Abcs!

 

É complicado ser privado de algo que é extremamente natural e muito bonito de se viver. Nos tira do chão. E do sério.

 

Só se é jovem uma vez... não ia deixar de viver para vestir um estereótipo! Abcs!!

 

Acho que a visita 1000 tá chegando... o povo tá dando maior moral a este cantinho. Nos últimos 3 dias, média de mais de 130 visitas diárias! Valeu!

 

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