Consegui motivação pra voltar a escrever sobre a história... pois bem...
Minha vida tava um inferno mesmo passadas algumas semanas da notícia bombástica.
Não encontrava uma brecha pra ficar com o Juan.
Nessa época ele tinha trauma de motel, pois disse que foi discriminado uma vez em um...
Nessa época ele tinha trauma de motel, pois disse que foi discriminado uma vez em um...
Por mais que eu estivesse com medo de mexer na "ferida" dos meus pais, a vontade de ficar com ele era infinitamente maior. Sendo assim, resolvi arriscar. O único lugar seria novamente o apê. Tive que insistir com a Ana, pois ela achou que tava recente ainda todo o ocorrido.
Falei aqui que ia procurar emprego. Encontrei com o Juan e fomos pro apê... o nervosismo foi tanto que ele esqueceu a chave do apê em casa. Fiquei mais de uma hora esperando ele voltar em casa e buscar a chave!
Chegando no apê, a saudade falou mais alto. Foi muito bom. Intimidade é tudo! Transar com amor é para poucos... é necessário uma ligação a mais...
Meu celular tava desligado. Assim que liguei, meu pai tava me ligando desesperado, como se eu fosse casado com ele e não minha mãe. Queria saber onde eu tava. Dei a desculpa do trânsito, que não colou...
Mas não tava nem aí, afinal demos um jeito de ficar juntos de novo.
Pra não correr o risco de ele esquecer a chave de novo, resolvi guardá-la comigo. Maldita hora.
Minha mãe achou a chave.
Ligou pra Ana, acusando-a de estar nos acobertando... dando força pra algo que era errado. Inclusive ameaçou-a até de morte. Disse que meu pai tava tão desesperado que tava andando armado.
Quando a Ana me ligou chorando e contando isso não acreditei. Pela primeira vez tive vergonha de ser filho da minha mãe. Como alguém poderia ser tão baixa? Liguei pro meu pai e ele não se pronunciou. Ainda disse que se ela fez isso é porque dei motivo.
Não sabia onde enfiar a cara em relação à Ana. O Juan achou que estávamos indo longe demais nisso: ficou se culpando pelo sofrimento da Ana. Até hoje não entendi uma parte: meus pais nunca culparam ele pela minha mudança, preferiram culpar até a minha amiga, mas em nenhum momento o nome dele era citado.
Pedi desculpas à Ana, entreguei as chaves do apê a ela e prometi não ir mais lá.
O Juan, assustado demais, preferiu que déssemos um tempo sem nos ver. Ficamos um tempo só se falando por telefone.
Senti ódio dos meus pais. Tava preparado pra qualquer coisa. Aguentaria até o fim se a punição se limitasse a mim. Mas envolveram a Ana, a quem eu amava muito e tinha uma eterna gratidão. Fiquei apreensivo quanto à uma possível emboscada com o Juan. Foi nessa hora que comecei a enxergar quem eu era. Estava disposto a qualquer coisa pra protegê-lo. Se algo acontecesse a ele, qualquer arranhão que seja, eu faria uma besteira sem precedentes aqui. A raiva me dominou naquele mês de abril.
Não via a hora de voltar a trabalhar e reconstruir minha vida. Estava disposto a passar fome, mas não queria que nada faltasse a ele. Passei a juntar todo o dinheiro possível, pensando em um futuro vivendo com ele.
Era minha razão de viver, nada mais importava.
"Everybody searching for intimacy... "
5 pitacos nesse post.:
Nossa... que história, cara... Seus pais realmente são muito extremos nesse sentido... É muito bonito ver como o amor esbarra todas as barreiras em horas como essa. Muito bonito o amor de vocês... :D
Um abraço, rapaz... até o próximo
Passei por todo tipo de provação nessa época, cara... e sobrevivi! Abcs!
É complicado ser privado de algo que é extremamente natural e muito bonito de se viver. Nos tira do chão. E do sério.
Só se é jovem uma vez... não ia deixar de viver para vestir um estereótipo! Abcs!!
Acho que a visita 1000 tá chegando... o povo tá dando maior moral a este cantinho. Nos últimos 3 dias, média de mais de 130 visitas diárias! Valeu!
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