Forever Young

Viver para sempre ? Impossível. Viver bem ? Depende só de nós...

Março de 2008: A revelação

Acho que ficamos pelo menos um mês indo todos os finais de semana e feriados pro apê. Minha amiga nos deu uma cópia da chave e tudo.
O lugar era legal, meio que isolado. Ficava a 40 minutos de ônibus do centro do RJ.

O curioso é que sempre fui olho grande quanto à comida, mas nessa época nem sentia muita fome... a sensação é de que eu não queria perder tempo nem me alimentando. Todas as vezes, passávamos no mercado e comprávamos besteiras pra fazer na cozinha, tipo nuggets, pastéis, cachorro quente, etc... coisas fáceis de fazer e práticas de comer.


Fechando os olhos consigo lembrar de cada detalhe até da cozinha, que era toda verde, simples, como era minha amiga. O Juan tinha muito mais noção de coisas de cozinha do que eu. Ele que limpava quase sempre a bagunça, pois no dia que tentei, não me atentei a várias coisas, como limpar o fogão após fritar algo... rs

Teve um dia que ele ficou fritando batata frita e me ofereci pra ajudar. Ele virou pra mim e disse: Vai lá ver seu futebol que eu cuido disso...
Putz... era tudo que eu queria ouvir!! rsrsrs
Ele nunca curtiu futebol. É uma das diferenças nossas.

Nessa época eu sempre levava uns cds pra ficar ouvindo lá, no quarto dela havia um rádio com CD. Na época, os cds que mais ouvi foram o 1º da Colbie Caillat, que tinha Bubbly, dois do Westlife ( Back Home e Love album), um da Melanie C ( This Time), um do Tiziano Ferro ( Rosso Relativo) e o mais ouvido: Mirrorball, da Sarah Mclachlan.


Com o passar do tempo, meus pais passaram a estranhar. A Ana não ligava mais lá pra casa. Eu não dava o telefone fixo de lá e o Juan parou de ir lá em casa também. Numa dessas, meu pai se ofereceu pra me dar carona até lá, pra saber onde era. Eu me esquivei de todas as formas. Achava que nunca descobririam.

E foi numa fatídica sexta- feira-santa que liguei pra Ana e pedi que ela conversasse um pouco com a minha mãe, pra disfarçar. Minutos depois saí, pra encontrar o Juan, que me esperava no Centro do RJ. 

Ele tava com uma cara de assustado. Disse que minha mãe ligou pra casa dele e que a mãe dele, astuta e já prevendo o que aconteceria, somente disse que ele não estava em casa.
Minutos depois, minha mãe me liga. Disse pra eu parar de mentir, que ligou pra mãe da Ana e soube que ela tava indo pra lá e não encontrar comigo.


Enquanto digito esse texto, chego a ficar tenso.
Foi um momento decisivo na minha vida.

Ele perguntou pra mim o que faríamos.
Falei que seguiríamos em frente, não queria estragar meu final de semana e se voltasse pra casa seria assumir o erro.

Fui no ônibus com o coração na mão, pensando no que fazer.
Quando chegamos no apartamento, resolvi que ia ligar pra eles e falar a verdade.
Ele perguntou se era isso mesmo que eu queria e que me apoiaria em qualquer que fosse a minha decisão.
Nos abraçamos. Eu tava segurando o choro, mas quando vi ele chorando, comecei a chorar também.


Liguei direto pro meu pai, que eu sempre achei que fosse o mais lúcido.
Ele falou das suspeitas da minha mãe e perguntou o que tava acontecendo.
Expliquei que quem tava lá comigo todo esse tempo era o Juan e que eu tava namorando ele. Falei que não era curtição, que eu gostava muito dele.

Meu pai quase desmaiou.
Minha mãe pegou o telefone da mão dele e começou a gritar comigo. Me mandou ir pra casa imediatamente, que meu pai tava passando mal.
Chorei muito. Não imaginava que fosse ser assim.
Meu pai me ligou, aparentemente mais calmo uns minutos depois. Dizendo que ia me buscar no Centro. Eu temia até por agressão física da parte dele.
Me despedi do Juan, chorando muito. Olhei em volta do apê... o sonho parecia ter acabado.


Pegamos ônibus diferentes, para que não nos vissem juntos.
Meu pai me esperou num posto de gasolina.
Entrei no carro e lá veio o sermão... disse que eu tava confuso, que não ia aceitar isso... fez uma série de perguntas ridículas de praxe, como: Quem era o ativo... se eu já tinha feito antes... como a família dele reagia com isso e se sabiam...

Esse foi o post mais difícil de escrever até hoje.
No final da conversa ele deixou bem claro, que se eu continuasse com isso tudo, poderia esquecer que tinha pai e mãe. Me senti mais indefeso do que nunca. Tava desempregado, não tinha nem onde cair morto, nem com quem ficar. 

Deitei na cama, chorando. Meu celular tocou: era o Juan.
Até hoje não esqueço suas palavras: " Não se esqueça que sou seu e estarei sempre esperando por você, quando tudo isso passar... ficaremos juntos. "


14 pitacos nesse post.:

Caraca! A música é bacana,o momento no AP parece ter sido realmente bem legal, e como dizem, "quem se apaixona, perde apetite"...
Mas nem tudo é perfeito né, se não fosse o lance d sua familia, nos quais acho q tu se preciptou, daria para enrolar seus pais, mas... faz parte...
Forte abraço Cara!

 

Depois, de cabeça fria que a gente pensa melhor em algumas atitudes... mas ja foi feito... paciência...
abcs!

 
Este comentário foi removido pelo autor.
 

Extremamente bonita e forte, a sua história. Não pude deixar de comentá-la.

Você me fez lembrar do meu namoro. Senti toda essa empolgação e felicidade que você tão bem descreveu.

Primeira vez por aqui. Gostei bastante!

Um abraço!

 

Bom dia Rafa
Obrigada por suas palavras tão generosas qnt ao meu blog...saiba que o seu ñ deixa nada a desejar..mto interessante e verdadeiro,uma coisa rara nos dias de hj SINCERIDADE anda em falta...ainda mais qnd é assim à flor da pele.
AMEI.

BjOOO

 

Tenho mais dois blogs
sendo que um é só de imagens
use e abuse de tds eles
sinta-se em casa
BjOO

http://portodomeusilencio.blogspot.com/
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http://zoeamorevida.blogspot.com/
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Aqui está o nome da música do meu blog
Love Is Not A Fight-Warren Barfield
Ela faz parte da trilha sonora do filme Prova de Fogo.

 

Sobre o comentário do "sougay": Obrigado, creio que esse tipo de emoção só se sente uma vez na vida. O amor fala mais alto que tudo!
Abraços!!

 

Noyara, como disse no seu blog, te achei mto criativa e inteligente. Ter você aqui engradece em muito o meu blog. Tô apenas começando. Acho que o que temos de mais valioso em nossa vida são nossas lembranças. O resto podemos perder e recuperar com esforço.
Valeu pela música, vou procurar para baixar...
Darei uma olhada nos blogs que vc mandou.

Um grande bjo!!

 

Valeu, pessoal, contagem regressiva pra 500 visitas em menos de um mês!!

 

Esse post se tornou o mais acessado do blog em apenas dois dias. Foi muito difícil escrevê-lo... relembrar deste dia fatídico. O curioso que o Juan ficou sabendo do blog ontem e gostou muito. Se deu conta de que ele é o protagonista desta história, junto comigo...

 

Nossa me encantei pelo teu blog lendo isso aqui e confesso que escorreu umas lagrimas lendo.

Que bom ver que voces continuam juntos.

Vou te colocar nos meu favoritos, pra te acompanhar.

Beijo pra voces dois.

 

Outro que se encantou com o blog aqui !!! realmente a história que vocês têm é linda, espero que dure eternamente.
Sei o quanto foi dificil para você escrever sobre isso, já passei por uma situação parecida,e veja pelo lado bom, ele ainda está do seu lado ( mesmo com toda a turbulência que houve),muitos não têm esta sorte.

Parabéns pelo blog viu !!!

 

@Knn: Parabéns pelos seus comentários, querido! Abraço!!

 

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