Naquela altura do campeonato o Juan não fazia nada pra me cativar. E a Mari fazia todas as minhas vontades. A dúvida imperava na minha cabeça. Até o ciúme dele em relação à ela era moderado. Somente pra não dar o braço a torcer.
A Mari e eu não trabalhávamos mais juntos. Houve uma demissão em massa. Mas mesmo assim ela continuava vindo aqui em casa, normalmente. Na maioria das vezes ela ficava me provocando, com brincadeiras de agarrar, etc... coisa de ex-namoradas. Confesso que era difícil resistir a ela, ainda mais no meu quarto.
Em um dia em que a lua do Juan virou, ele ficou choramingando por causa da família que ia viajar. Mas chorando mesmo ! Parecia que eles estavam indo pro corredor da morte ! Tolerância tem limites, ao menos pra mim em relação a essas coisas. Eu não aguentava mais essa situação de ter que lidar com problemas alheios à relação. E quando me dei conta disso estava lá eu... deitado e com a Mari sentada ao lado da minha cama...
Ela deitou ao meu lado. Me abraçou. E começou a me beijar. E eu não parei. Eram beijos intensos, apaixonados. Por alguns instantes esqueci da vida. Mas logo caí na real. E parei.
A consciência pesou. Mesmo com um namorado que não estava nem aí pra minha existência, eu senti que fazia algo muito errado. Fiquei paralisado por ter traído alguém. E ela se sentiu humilhada com isso.
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E lá estava eu, tendo que lidar com a triste realidade. A situação com o Juan que já estava ruim, piorou ainda mais quando contei que beijei a Mariane. Eu estava insatisfeito com ele e agora, ele comigo. A família dele viajou e não aproveitamos nem um terço dos dias em que ele ficou sozinho. O namoro entrou em uma espécie de "piloto automático". Ele, que já era de poucas palavras, foi se calando cada vez mais. E eu, me esforçava para salvar algo que não tinha salvação aparentemente.
9 pitacos nesse post.:
legal esta sua transparência ... tudo na vida tem o seu valor ... é vivendo, experimentando de um tudo q aprendemos ... ou não aprendemos ... acho q vcs aprenderam ... afinal a relação progride né?
bjão
Sou péssimo na arte de mentir quem eu amo, Bratz... :D
Peguei o assunto na metade, mas fiquei tão curioso com tudo, vou procurar ler os outros post sobre o assunto!!!
Vixe! Tensi! Rs.
E amei o Cold de trilha!
Tomara que curta, Otávio. É a vida real...
Prisioneiro, quando eu tava deitado com a Mari na cama estávamos vendo um dvd de clipes do Coldplay. E essa música marcou o momento. Abcs!
"A consciência pesou. Mesmo com um namorado que não estava nem aí pra minha existência, eu senti que fazia algo muito errado. Fiquei paralisado por ter traído alguém."
Nossa, como fico feliz ao ler isso, depois de tomar um choque de realidade em outras leituras...
Muito obrigado, cara!
Abraços!
Achei muito legal a sua honestidade com seu namorado e com a Mariane. E essa música, The Scientist faz parte da minha vida. Dificil não ouvir/cantar e não me emocionar ou me trazer vários sentimentos do passado.
Grande Abraço Rapha.
Nossa! Tive que ler o post de novo, pois fazia tanto tempo que li...
Mas isso de estar dividido é uma situação complicada. Hoje eu aprendi que não posso escolher vendo o que a outra pessoa tem a me oferecer e sim pelo que eu realmente quero para mim... Complicado por isso em palavras sem escrever muito, mas é isso aí!
Abraços!!
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