Forever Young

Viver para sempre ? Impossível. Viver bem ? Depende só de nós...

Um ano se passou e ainda lembro de uma paixão fulminante ( parte 2 ).



Estávamos separados por muitos quilômetros. E pior: sem grana. Mas a vontade era enorme de abraçar, estar ao lado um do outro. Foi quando eu recebi um dinheiro do plano de previdência privada da empresa no qual fui demitido . Juntamos esse dinheiro com um trocado que ele tinha e a viagem estava marcada. A princípio seria de avião, mas as passagens promocionais eram na maioria com 1 mês de antecedência. Não dava pra esperar. 


Ele concordou em vir de ônibus pro RJ. Seriam mais ou menos 14 horas de viagem. Ele saiu do Paraná no dia 04 de maio. Chovia muito e a viagem demorou mais do que o planejado. Era difícil conter a ansiedade. Ele me ligou em uma parada em SP. Contava as horas. Era difícil dormir.


Cheguei à rodoviária às 9hrs da manhã. E nem me importei em acordar cedo. Queria vê- lo, de qualquer forma. Havia um lugar para aguardar o embarque. Otávio me liga dizendo que está descendo a serra e a ligação cai. Tento ligar e dá fora de área. Inquieto, eu perguntava à moça do guichê pelo paradeiro do ônibus. 


Já eram 11hrs e nada do ônibus. Duas horas esperando pareceram uma eternidade. Eis que minutos depois, ele surge. E lá vem o Otávio, de casaquinho preto, contrastando com a pele hiper branquinha. Lindo, muito mais do que imaginei. E um sotaque encantador, típico do sul.


Viemos pra minha casa, após conversar muito no ônibus. Parecia que já nos conhecíamos há anos. Eu me sentia muito atraído e apaixonado por ele, mas não sabia se ele sentia o mesmo.


Inventei pra minha mãe que o Otávio era um amigo da minha época de adolescência e que veio do Paraná pra um evento de animes em Niterói. O curioso é que iríamos mesmo ao tal evento. Ele conquistou minha mãe pelo papo. Elogiou a comida e ajudou a lavar a louça. A desculpa meio do evento meio que colou, mas mesmo assim preferimos não ficar por aqui. 


Ele me surpreendeu e trouxe na bagagem uma caixa de trufas recheadas caseiras. Ele mesmo fez pra mim. A caixinha era muito bonita. Nunca esquecerei o que estava escrito no laço: " Irresistível feito você " . Me senti o máximo ! :D


Concordamos em ir para algum lugar para ficarmos a sós. Quando nos preparávamos pra sair, lhe dei um beijo. A química prometia.


Fomos pra um hotel. Ele precisava de um banho, após a longa viagem. Otávio demonstrava timidez, com receio de trocar de roupa perto de mim. Mas logo isso foi passando. A vontade de fazer aquela loucura toda da viagem valer a pena falou mais alto.


Foi uma transa diferente de tudo o que eu já havia experimentado. Ele demonstrava experiência e que sabia o que estava fazendo na cama, coisa que eu não estava acostumado, pois meio que moldei meus namorados anteriores.


Ele era tão branquinho, que qualquer apertão ou mordida de leve o deixava vermelho. Achava isso o máximo... rs. Beijava muito bem, de um jeito carinhoso. Adorava ficar abraçadinho na cama, conversando. O tempo parecia parar nesses momentos com ele.


Combinei com meu amigo Marco de levá-lo à Lapa e depois dormir na casa dele. Eles se deram bem. Ficamos pouco tempo na Lapa, pois o Otávio estava cansado da viagem e com muito sono. Mas foi o suficiente pra que um conhecido do meu amigo se interessar pelo meu namorado... rs. Otávio percebeu isso e me deu a mão. Achei lindo demais. Saímos dali de mãos dadas ( a Lapa é um lugar acolhedor para os gays ).


Ficamos mofando esperando um ônibus. Só conseguimos condução lá pelas 3hrs da madrugada. Meu amigo veio conversando com dois caras visivelmente bêbados e alegres. Otávio ao meu lado, dormia, apoiado no meu ombro. Um dos caras que papeava com meu amigo não parava de olhar pro meu namorado. Eu o encarava como um cão raivoso.


Chegamos na casa do meu amigo. Otávio já molinho de sono. Dormimos juntos pela primeira vez. Foi ótimo.






O Juan tentou contato comigo, mas ignorei. Ele então tentou contactar esse meu amigo, que estava " acobertando" meu novo namoro. Preferi não falar nada pro Otávio, pra não estragar o momento.


Continua na próxima postagem...





7 pitacos nesse post.:

Parece quase igual à minha história com o Déjan, o nosso primeiro encontro...

 

Isso me faz pensar em quantos momentos felizes as pessoas podem perder ao não fazer algo com receio de parecer loucura.

E o quanto essas supostas "loucuras" são tão simples.O problema é distância?É só pegar um ônibus, oras...

(Exagerei um pouco, rs, já que distância não era o único empecilho, dinheiro também era)

Gostei muito da música do primeiro post, já tinha ouvido falar nesse cara, mas nunca tinha parado para ouvir suas músicas.

 

Que bonitinho. Tudo!
A começar pelo lance de encarar a viagem imensa.

Um bjão cheio de encantamento.
=)

 

Estranho! Achei que havia lido que seu namoro começou de forma diferente. Ou você amou duas pessoas?

 

Vc falou algo que chamou minha atenção e concordo: chega um momento que temos que ter o contato pessoal.
Abração, menino.

 

@Anônimo2: Esse rolou em um intervalo. :D

Abcs, Lobinho, Prisioneiro e João!

 

Raphael:

Uma história emocionante e romântica. Tô amando...rs.
Abraços querido.

 

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